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segunda-feira, 23 de maio de 2011

AS MULHERES QUE NUNCA TIVE PELO MEU MELHOR AMIGO: Amanda


A inveja que tenho do meu amigo, não poderia ser eternamente passiva e contemplativa. Inveja, mesmo a “branca”, faz de nós seres menores. Amanda, foi a maior prova da minha fraqueza. Quando a vi pela primeira vez, meu mundo fez pausa. Me apareceu como um banquete posto com todos os meus pecados prediletos. Seus olhos emoldurados por uma maquiagem leve e cintilante, deixava seu olhar mais agatiado. Tinha uma cor e boca cabocla, cabelos pretos intensos alisados à moda do momento. Ela não ornava com ele. Seus olhos vendiam sua alma pervertida. Tinha uma volúpia contida, parecendo que iria entrar em erupção a qualquer momento. Meu amigo já teve mulheres intensas, mas essa tinha algo a mais, que ninguém sabia, até se perder naquele mar de olhos castanho claro penetrante e ser tomado pelo seu sorriso vadio. Levei tempo pra ver outras partes do seu corpo, ficava preso ao rosto, mas saibam, que o resto era proporcionalmente encantador: mãos, pés, coxa, bunda, barriga. E os seios? A tempo de serem colhidos por mãos fortes e delicadas! Não podia ser as dele, a obssessão que nesse momento já tinha me consumido exigia que fossem as minhas. Ela seduzia quem ela queria e o resto do mundo ao seu redor. Fui eu fisgado, encantado, amaldiçoado, contaminado, paralisado por ela, mas ELE havia sido primeiro. Agora tínhamos um problema, dividí-la. Eu estava disposto a cortar quantas cabeças fossem necessárias, feito a rainha de copas de Alice pra ficar com ela. Por Amanda, morreria, mataria e até perderia… a amizade do meu melhor amigo. Pergunto: quantas mulheres valem algo tão genuíno? Amanda valia! Estava determinado, tinha perdido noites elaborando um plano que parecia quase infalível: a roubaria dos braços dele, daria uns tapas caso resistisse, conspiraria uma vida inteira para que não ficassem juntos ou desistiria, o que seria o mais provável. Porém meu amigo, experiente na arte de seduzir e abandonar, percebeu a minha cegueira, retirou-se para uma  anti-sala, sentou-se, abriu um pacote de amendoim japonês e como um voyeur assitiu eu me perder amadoramente na maciez daquela pele. Sumi por semanas... e quando voltei dei-lhe um beijo fraternal e agradecido! Nunca mais falamos no assunto, quer dizer, em dias de bebedeira rimos de forma leve e isolada, sem cobranças, sem críticas, sem ressentimentos. Ele já  reconquistou-a quantas vezes quis, a diferença é que agora não me chama mais pra sair com eles. (A. Z. e J. S. )

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